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sábado, 5 de outubro de 2013

Flash Fora da Câmera

Em livros de fotografia, artigos e textos de blogs não é incomum encontrar a definição de que fotografia significa, literalmente, desenhar com a luz. Geralmente, tal definição é citada quando se fala sobre iluminação. E, este tema inclui o uso da luz natural e modificação da mesma de modo que sirva ao nosso objetivo final e, também, o uso de luz artificial, sua modificação e balanço com a luz natural existente. Particularmente, acho um dos temas mais complexos em fotografia, principalmente quando não se tem a estrutura de iluminação de um estúdio às mãos.

Na minha jornada de aprendizado de fotografia, um assunto que tenho bastante interesse e que ainda não domino bem é justamente o uso da luz. Mais especificamente, o domínio do flash speedlight quando ele é a única fonte de luz artificial disponível. Por tudo o que vemos de exemplos na internet, trata-se de uma ferramenta incrível para obter bons resultados com pouca estrutura de iluminação.

Esta semana conheci o blog Strobbist, bastante famoso na web, em que o blogueiro dedica-se a ensinar os fotógrafos iniciantes a extraírem o melhor resultado do seu flash speedlight usando-o fora da câmera, ou seja, deslocado da sapata de flash da câmera. Já havia experimentado a opção de usar o flash fora da câmera anteriormente, logo quando comprei os equipamentos, o que foi muito fácil devido ao Creative Lighting System (CLS) da Nikon, que permite que suas câmeras comuniquem-se com os seus flashs remotamente via wireless de maneira muito simplificada. Com uma busca no google é possível ver mais sobre este sistema, que entrou na lista de motivos para ter escolhido a Nikon entre tantos sistemas disponíveis.

Há alguns dias planejávamos fazer um ensaio com a nossa filha aqui em casa, usando o nosso quarto mesmo como base. As fotos são, hoje, a melhor maneira de mantermos nossa família e amigos a par do crescimento da nossa bebê. Eu, como bom fotógrafo amador que sou, não poderia deixar passar a oportunidade para tentar algo novo. 

Assim, a ideia foi colocar o flash no tripé da câmera para deixá-lo em uma posição mais elevada, direcionando a sua ponta para a parede lateral do quarto, de modo que ficasse inclinado +/- 45 °, apontado para a parede e o teto para reflexão sobre a bebê do lado oposto ao que entrava luz pela porta da varanda. Ao longo da sessão fomos movimentando a criança sobre um cobertor marrom na cama, para servir de fundo, e movimentando a câmera de acordo.

Abaixo mostro um esquema aproximado do posicionamento dos elementos no quarto durante a sessão, assim como algumas fotos exemplificando o resultado final. A escolha do cobertor e do figurino ficou por conta da mina esposa.

Esquema aproximado utilizado na sessão.

Exif: 35mm, f/4, 1/60s, ISO 200

Exif: 50mm, f/4, 1/60s, ISO 200

Exif: 40mm, f/4, 1/60s, ISO 200

Exif: 50mm, f/2.8, 1/60s, ISO 200