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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Grande Angular

Em fotografia, refere-se como grande angular uma lente que possui distância focal menor, proporcionando um ângulo de visão maior, que as objetivas normais. No caso de câmeras full frame, cujo tamanho do sensor é igual ao filme 35mm (aprox. 36 mm de largura x 24mm de altura), considera-se como distância normal 50mm e lentes com distância focal menores que 35mm são consideradas como grandes angulares.

No caso da câmera D7000, que é a que uso, o sensor possui tamanho APS-C, com dimensões aproximadas de 24mm de largura por 16mm de altura. Isso resulta, dentre outras coisas, em um fator de corte para distância focal de 1.5x no caso das câmeras da Nikon. Em outras palavras, para se obter uma distância focal inferior a 35mm equivalente em full frame, seria necessária uma lente com distância focal inferior a 35mm/1.5 = 23mm. 

Para quem tiver interesse em entender um pouco mais sobre o assunto, recomendo o link: http://www.cambridgeincolour.com/tutorials/camera-lenses.htm, que dá uma noção geral sobre lentes.

De uma maneira bem geral e grosseira, o que pode-se esperar de uma grande angular é, basicamente, um campo de visão maior, o que remete imediatamente a aplicações em fotos de paisagens e interiores. Porém, a mudança de perspectiva e possibilidade de aproximação do objeto fotografado são características das grandes angulares que podem ser exploradas criativamente em outros tipos de fotografia, como retratos por exemplo.

A lente Tamron 17-50mm f/2.8, que uso em mais de 90% das minhas fotos, possui uma faixa grande angular entre 17 e 23mm, que, equivalente a 25 e 35mm em full frame, já proporciona um amplo campo de visão. Porém, desde o final de Agosto estou com o meu novo brinquedo em mãos, uma Tokina 11-16mm f/2.8, que em termos de full frame apresenta distância focal entre 16 e 24mm, que já proporciona um ângulo de visão bastante acentuado e os respectivos desafios de se fotografar com ângulos tão abertos. 

A ideia deste post é apresentar as minhas primeiras fotos tiradas com a lente, junto com as minhas primeiras impressões e desafios, que já eram esperados a partir da leitura deste link: http://www.cambridgeincolour.com/tutorials/wide-angle-lenses.htm.

Em primeiro lugar, achei a lente bem nítida, como os reviews e opiniões que havia lido anteriormente pela internet afora, sendo considerada uma das melhores grandes angulares para câmeras com sensor no formato APS-C. Algumas métricas de performance da lente podem ser encontradas no site do DxOMark.

Achei a construção da lente muito boa, melhor que a Tamron 17-50mm f/2.8 VC e muito melhor que a Nikkor 55-200mm f/4-5.6. Possui mount em metal e possui um bom peso, ficando bem balanceada com o corpo da D7000. Achei o foco manual fácil de se utilizar, mas ainda não estou certo sobre a praticidade do sistema de focus clutch da Tokina, em que se alterna entre modos manual e automático deslizando-se o anel de foco. O parassol que acompanha a lente também é de boa qualidade.

Lente montada na Câmera. Canon Powershot D20

Ainda sobre a escolha da lente, optei pela versão I da lente sobre a versão II, que possui motor de foco e um coating para reduzir a incidência de flares, principalmente por ser mais barata (cerca de US$ 100.00 a menos lá fora), aproveitando a vantagem do motor de foco da câmera para economizar um pouquinho.

Como já era de se esperar, deve-se tomar cuidado ao fazer fotos em que elementos simétricos estão presentes, pois qualquer inclinação vertical ou horizontal se faz perceptível na assimetria que se apresenta, como em algumas das fotos apresentadas abaixo.

The Museum of Fine Arts, Houston-TX, EUA. 11mm, f/2.8, ISO 3200

The Museum of Fine Arts, Houston-TX, EUA. 11mm, f/2.8, ISO 3200

Enfim, estou bem empolgado com as possibilidades da nova lente e aproveito a oportunidade para mostrar estas fotos feitas em situações distintas e ainda com pouco contato com a lente, mas acredito que dão uma boa noção do alcance e desempenho dela, assim como dificuldades que um iniciante na arte fotográfica deve esperar enfrentar. Espero que em breve eu possa estar postando mais fotos com esta lente, feitas com calma, com auxílio de um tripé e outros acessórios que provavelmente farão parte de um próximo post.

15mm, f/3.2, ISO 800

14mm, f/5.6, ISO 100. Cokin P 121S GND (3-stops)


The Museum of Fine Arts, Houston. 16mm, f/2.8, ISO 6400. Mais informações aqui

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